sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Obrigada, Deolinda!

Enfim, já que não os vou poder ir ver ao menos dedico um "postezito" a essa grande novidade que surgiu na minha esfera musical há muito pouco tempo... (Obrigada, R.!) A partir do momento em que conheci "a" Deolinda, ela passou imediatamente a fazer parte das minhas memórias auditivas... E não só. Passou também a fazer parte das memórias visuais, pelas imagens que a sua música nos transmite, e das emocionais, pelo sorriso bom e o conforto muito típico que cada música nos traz. Mas como os amigos mais próximos "dela", que são quatro (e muito talentosos!), é que a conhecem bem, prefiro apresentá-"la" pelas palavras deles:

"O seu nome é Deolinda e tem idade suficiente para saber que a vida não é tão fácil como parece, solteira de amores, casada com desamores, natural de Lisboa, habita um rés-do-chão algures nos subúrbios da capital. Compõe as suas canções a olhar por entre as cortinas da janela, inspirada pelos discos de grafonola da avó e pela vida bizarra dos vizinhos. Vive com 2 gatos e um peixinho vermelho..."


Eu aqui deixo a minha humilde opinião: oiçam-nos. Vale mesmo a pena! Confesso que já há algum tempo que não tinha uma surpresa assim tão boa e refrescante com a música portuguesa! Afinal, parece que ainda somos capazes de nos surpreender... E quando alguns o fazem com sonoridades que são tão nossas, o orgulho é inevitável.
P.S. - E obrigada, C!!! Sinto-me mesmo culpada por não ter estado ao teu lado no nosso primeiro concerto de Deolinda, mas os teus telefonemas atenuaram o meu desapontamento... Adorei ouvir os vossos gritos aos meus ouvidos!!!

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Parabéns, mia Sú!

Parabéns, minha amiga... Que tenhas um dia para recordar (nós vamos fazer por isso...) e que, quando te lembres, penses nele como o dia em que começou uma nova etapa da tua vida!


Que sigas assim, de flor no cabelo, bailando por la vida!

domingo, 7 de setembro de 2008

Os dois

Eu não sei quantas vezes te vais matar até eu cair
Eu não sei quantas vezes vais fugir para não voltar
Eu não sei qual das fugas iguais será excepção
E talvez um dia seja eu a largar a mão

Eu quero ver quantas vezes me vais ferir até ganhar
Quero saber se o que vem te dá razões para confiar
E entender que eu te sei sarar, te sei fazer feliz

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois...
Os dois...

E ninguém te vai prometer que é para sempre a paixão
E ninguém te vai jurar que é o fim da solidão
Mas eu não te sei apagar sem que possas entender:
O que o acaso nos mostrou a razão fez esquecer...

Porque eu sei que existir ao pé de ti é bem melhor
Eu sei que depois da tempestade vem azul
Eu já sei de cor o espaço do teu corpo para mim

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois...
Os dois...

Eu não sei quantas vezes te vais matar até cair
Mas se é tão fácil escurecer e tão simples eu fugir...

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois,


os dois.


Tiago Bettencourt e Mantha
Achei que esta letra era um excelente motivo para falar/escrever sobre O Jardim, o álbum que o Tiago Bettencourt editou com os Mantha e que, a meu ver, teve um resultado muito feliz... Daqueles que se põe no modo de repetir e se ouve uma vez e outra, e outra e mais outra...

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Mais um

É oficial. Hoje começou mais um ano de aulas. Quer dizer... Não começaram bem, bem as aulas mas... A partir do momento em que se volta à faculdade, já não há volta a dar, não é...? Pois. Para mim esse dia foi hoje.
Esta constatação não é só um pequeno aparte sem importância... Afinal de contas é por este calendário que a minha vida se rege desde que eu me tenho em conta enquanto pessoa... Na verdade, a passagem de ano é só uma noite em que aproveitamos para festejar com os amigos nas férias de Natal. Os dias por vezes têm horas a menos e por vezes têm horas a mais. O Verão só é Verão a partir do momento em que as férias começam. De outra maneira, Julho é só uma fase da Primavera em que está muito calor... Um dia só começa de manhã se o horário das aulas disser que sim.
E assim me preparo para mais um ano delineado pelas mesmas linhas mestras de todos os outros anos de que me lembro, e não faz mal... Afinal, este calendário não vai durar para sempre e qualquer dia (demasiado cedo, se querem que diga...) vou dar por mim a contar os meses pela quantidade certa de dias que têm e a suspirar por uns pózinhos de férias que vou poder espalhar pelo meu ano de doze meses e a organizar os meus dias de 24h com a certeza de que o fim-de-semana vai ter exactamente 48h ou, se tiver muita sorte e apanhar um feriado, 72h.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Nós e os Nossos

Agora que a minha S. está de partida para viver a vida que sempre quis dei por mim a ver o site do IKEA para ver coisas giras para a casa dela... Podia estar a pensar na falta que me vai fazer tê-la sempre a dez minutos de distância mas (honestamente!) sinto-me muito mais entusiasmada com esta nova fase da vida dela. Claro que vou sentir falta, claro que vou ligar, claro que vou fazer birra e dizer que ela não me liga mas, essencialmente, estou feliz. Por ela. Só por ela. Acho que vemos o quanto gostamos das pessoas na medida daquilo que desejamos para elas. Quando damos por nós a pensar que elas merecem o mundo e tudo o que de bom a vida pode dar, percebemos: é amor. Não me refiro aquilo que escrevemos numa SMS de aniversário ou que dizemos no fim de uma conversa politicamente correcta... Falo, sim, de quando torcemos com todas as nossas forças para que uma pessoa seja capaz de ganhar uma corrida, seja ela de que natureza for, ou sentimos na própria pele a desilusão quando ela não é capaz. E nessas alturas desejamos trocar de lugares, para diminuir a perda, para a poupar, para evitar a tristeza, para que nada a magoe. Aí percebemos. Aí ficamos surpreendidos pela dimensão do que podemos sentir por outra pessoa e o quanto as bancadas nem sempre são o pior sítio para se estar. Quando dizemos "mi casa es su casa" e isso é verdade, quando esperamos por uma carta que nem nos é dirigida tão ansiosamente como se o fosse, quando nos sentimos ofendidos com pessoas que nem conhecemos e travamos guerras que nem são as nossas. Quando o "eu" sou "tu" e preferimos o "nós" a qualquer outro pronome pessoal!