domingo, 7 de setembro de 2008

Os dois

Eu não sei quantas vezes te vais matar até eu cair
Eu não sei quantas vezes vais fugir para não voltar
Eu não sei qual das fugas iguais será excepção
E talvez um dia seja eu a largar a mão

Eu quero ver quantas vezes me vais ferir até ganhar
Quero saber se o que vem te dá razões para confiar
E entender que eu te sei sarar, te sei fazer feliz

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois...
Os dois...

E ninguém te vai prometer que é para sempre a paixão
E ninguém te vai jurar que é o fim da solidão
Mas eu não te sei apagar sem que possas entender:
O que o acaso nos mostrou a razão fez esquecer...

Porque eu sei que existir ao pé de ti é bem melhor
Eu sei que depois da tempestade vem azul
Eu já sei de cor o espaço do teu corpo para mim

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois...
Os dois...

Eu não sei quantas vezes te vais matar até cair
Mas se é tão fácil escurecer e tão simples eu fugir...

Hoje vou-te querer roubar outra vez
Hoje vou-te querer provar outra vez
Vem viajar e ficando para depois,


os dois.


Tiago Bettencourt e Mantha
Achei que esta letra era um excelente motivo para falar/escrever sobre O Jardim, o álbum que o Tiago Bettencourt editou com os Mantha e que, a meu ver, teve um resultado muito feliz... Daqueles que se põe no modo de repetir e se ouve uma vez e outra, e outra e mais outra...

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